Quando planejamos as coisas nos mínimos detalhes e elas não acontecem do jeito que queremos, isso não significa que não deram certo, significa apenas que não temos o controle sobre nada nesta vida.
Frustrante? Não. É a pura realidade.
Quantas vezes tivemos voo cancelado ou atrasado por problemas técnicos na aeronave ou porque um pássaro entrou na turbina do avião? Quantas vezes chegamos horas depois a um compromisso importante porque aconteceu um acidente na estrada que nos deixou impossibilitados de sair do lugar? Quantas vezes acordamos doentes e tivemos que adiar aquela reunião superimportante?
Esses e outros acontecimentos servem para nos mostrar que não temos nenhum domínio sobre o curso da nossa vida. Podemos planejar, mas as coisas só ocorrem de acordo com um plano maior. Então se não temos controle dos acontecimentos externos, não há por que nos frustrarmos, a solução é aceitar e SOLTAR.
O problema é que nosso ego na maioria das vezes fala mais alto, desejando a todo custo ter o controle de tudo, quando seria muito mais fácil entender nossas limitações perante a vida.
Se somos demitidos de um trabalho ao qual estávamos acostumados, se nosso parceiro ou parceira resolveu nos deixar, se nosso melhor amigo teve de se mudar para longe ou se nosso filho resolveu sair de casa para caminhar com suas próprias pernas, não, nosso mundo não caiu, são apenas lições que a vida nos oferece para trabalharmos o desapego.
Em situações desse tipo temos duas escolhas: sofrer demasiadamente e até ficar doentes por não aceitar o que foge ao nosso controle; ou simplesmente acolher com amor a nova situação e vivê-la da melhor forma possível.
Em vez de resmungar pela falta de emprego ou pelo suposto abandono, não seria melhor pensar que a vida está nos dando outras oportunidades? A partir de uma demissão, um novo emprego surgirá, talvez ainda melhor que o anterior. E com a saída de pessoas de nossa vida, outras surgirão, não para substituir as que se foram, mas para nos trazer experiências novas e únicas. Viver é isso, é saber lidar com imprevistos e ser grato por eles.
Soltar é aceitar as situações inesperadas da vida e não nos deixar afetar por elas.
Quando aprendemos a soltar, o ego perde força. Consequentemente, abrimos mão da necessidade de ter razão sempre e de agradar a todos, de controlar as coisas e as pessoas, de colocar foco em coisas pequenas e em pessoas vazias, de ligar para a opinião dos outros. Abrimos mão da necessidade de agir sempre. Ficamos mais passivos, receptivos e apreciadores da vida.
Soltar é abrir-se para a vida. É fazer a nossa parte e entregar nas mãos de Deus o que não temos condição de resolver. É sentir que a vida flui melhor quando não forçamos a barra e relaxamos. É aceitar de peito aberto o que vem para nós, ainda que não seja da forma como queríamos. É amar o outro do jeito que ele é, entendendo que cada um tem seu grau de consciência e seu degrau na escala evolutiva. É viver sem expectativas e sem apego. Amar sem apego e sem esperar do outro nada além do que ele possa oferecer. Apenas viver cada instante como único.
Soltar é deixar queimar a pessoa ranzinza que um dia fomos para ver renascer a pessoa serena que provavelmente buscamos ser. É largar o casulo sem dó e viver leve como borboleta, aproveitando cada dia como se fosse o último com gratidão e amor.
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