Candidíase: causas e cura definitiva

Está tudo bem na sua vida quando de repente ela aparece: a nada agradável conceirinha. Ou melhor, a insuportável coceirinha. Ela chega a ser tão irritante que você daria seus últimos tostões para se livrar dela. Prontamente marca um ginecologista e volta com uma receita à base de nistatina ou algo parecido. Pomada, óvulo ou o escambau. Você usa, mas raramente fica boa. Quando não fica pior.

Essa coceirinha normalmente é causada pela Candida albicans, fungo que habita nosso corpo de forma harmônica. Essa harmonia se desfaz quando o organismo fica em desequilíbrio em virtude de fatores como baixa imunidade, uso de antibióticos e de anticoncepcionais, estresse, alimentação inadequada, além de fatores subconscientes, sobre os quais falaremos mais à frente. Em desarmonia, a cândida se reproduz de forma anormal, gerando uma infecção chamada candidíase.

Tipos de candidíase

Existem basicamente cinco os tipos de candidíase:

1. Candidíase dermatoide: Ocorre na pele, sobretudo na virilha, nas axilas, nos dedos, ao redor do ânus, debaixo do seio, no umbigo e no interior das coxas. Seus sintomas são erupções, vermelhidão, descamação e coceira.

2. A candidíase genital: Ocorre na vagina e tem como sintomas como vermelhidão, inchaço, assadura, micção frequente, dor e queimação ao urinar, desconforto e dor durante a penetração, coceira, corrimento branco e irritação na vulva. Nos homens, alguns não apresentam sintomas, outros têm manchas vermelhas no pênis, edema leve, lesões em forma de pontos, coceira, corrimento branco ou amarelado na uretra e um leve incômodo após o ato sexual.

3. A candidíase intestinal: Seus principais sintomas são cansaço constante, mudança repentina de humor, irritação, prisão de ventre, fezes inconsistentes, dor de cabeça, dor nos músculos e no abdome e acne em adultos.

4. A candidíase oral (ou sapinho): Ocorre em bebês, nos primeiros meses, e não oferece riscos. Nos adultos, porém, é mais sério. Aparece como placas esbranquiçadas na boca, na língua e às vezes no céu da boca.

5. A candidíase sanguínea ou interna: É a forma mais séria da doença e afeta principalmente pessoas hospitalizadas e com o sistema imunológico severamente debilitado.

A cândida é doce...

A palavra cândida vem da mesma família de candura, doçura. E não é à toa. O fungo cândida prefere alimentos doces e amidos. Portanto, se você está com candidíase, evite consumir doces (incluindo certas frutas), massas e alguns vegetais leguminosos, como batata-inglesa.

Cura natural da candidíase

Para combater a candidíase, primeiro você precisa reprogramar a sua mente. Pense em saúde.  Imagine-se saudável, feliz, correndo em uma praia, passeando em um parque. E pratique a gratidão: agradeça por ter um corpo totalmente saudável.

Ao mesmo tempo, fortaleça o organismo com suplementos alimentares e com uma alimentação saudável. Evite refrigerante: além de ser repleto de açúcar, ele é altamente ácido para o organismo. É um dos piores venenos que existem. Um antialimento.

Reduza drasticamente o consumo de leite e derivados, bem como de alimentos que contenham glúten. Não é que você vá fazer isso pelo resto da vida, mas nesse momento é preciso ser um pouco radical. Lembre-se: açúcar, leite/derivados e glúten são os alimentos prediletos das leveduras e dos fungos.

Pratique se possível a dieta cetogênica.

Evite consumir frutas secas e castanhas (sobretudo uva-passa, banana-passa e tâmara, que contêm elevada quantidade de açúcar), bebida alcoólica, adoçantes artificiais, alimentos enlatados e embutidos.

Prefira alimentos crus, frutas, verduras e legumes. Coma bastante salada. Tempere a salada com cúrcuma, pimenta-caiena, óleo de coco. Use bastante cebola e alho.

No lanche, prefira maçã. Ela contém potentes compostos anticândida.

Tome durante o dia bastante chá de dente-de-leão, unha-de-gato ou cipó-suma para melhorar a imunidade. O cipó-suma é muito poderoso para fortalecer o organismo.

Consuma suplemento vitamínico com vitamina A, vitamina C, selênio, iodo, zinco, vitamina E, ferro e biotina. Prefira vitaminas naturais e minerais quelatos.

Tome probióticos – essas bactérias intestinais benéficas agem contra bactérias patogênicas, vírus e fungos.

Consuma óleos que contêm ácidos graxos ômega 3, 6 e 9, como óleo de peixe, óleo de prímula e óleo de linhaça e óleo de coco.

Pratique exercícios físicos para melhorar a imunidade.

Vá à praia sempre que possível, pois o mar é rico em iodo e ajuda a melhorar a imunidade.

Consuma ácido alfa-lipoico, um ácido graxo de cadeia curta produzido pelo organismo (sintetizado no fígado) que atua dentro das células, mais precisamente nas mitocôndrias, sendo um dos mais potentes antioxidantes do nosso corpo, responsável por uma série de ações intracelulares. É solúvel tanto em água quanto em gordura, diferentemente de outras substâncias antioxidantes.

Localmente, faça lavagem com chá forte de orégano ou de cravo-da-índia, sobretudo antes de dormir. Pode usar também o óleo de copaíba no local. Dá um alívio imediato. O leite de magnésia, passado no local, também proporciona alívio na coceira. Durma com roupas leves e preferencialmente sem roupas íntimas, pois isso reduz a umidade no local.

Tratamento com coco

Para combater o corrimento vaginal e a candidíase, tome bastante água de coco fresca durante trinta dias. O coco é rico em ácido láurico, um ácido graxo que no estômago vira uma substância chamada monolaurina. A monolaurina mata fungos, bactérias, vírus e parasitas.

O leite materno, considerado o melhor alimento do mundo, tem 19% de ácido láurico, enquanto o coco tem 47% desse ácido. O coco também é rico em ácido caprílico, que mata a cândida. O ideal é tomar uma colher de sopa de óleo de coco por dia, para melhorar a imunidade, bem como passar óleo de coco no órgão genital após o banho e antes de dormir.

Sobre as causas inconscientes...

Se já fez de tudo e não conseguiu se curar da candidíase, é hora de fazer uma autorreflexão para saber se a verdadeira causa da sua candidíase não é emocional. Como, segundo a terapia quântica, tudo começa na mente e se conecta com o corpo, a mente e a alma, é preciso fazer uma análise sincera sobre a raiz do problema.

O que meu subconsciente está tentando me dizer com esta doença?

Essa é a principal pergunta que você deve se fazer.

A causa pode estar numa raiva que você abriga dentro de si, mesmo que tente esconder de si mesmo(a). Provavelmente você está frustrado(a), disperso(a), é muito exigente e desconfiado(a). Se esse for o seu caso, será que não é a hora de repensar suas atitudes, tratar-se com mais amor e enxergar a vida com mais doçura?

Especificamente sobre a candidíase genital, como está a sua relação com seu(sua) parceiro(a)? Você está satisfeito(a) nesse relacionamento? Não é hora de parar e conversar a respeito dos seus desejos e prioridades?   

No livro Cure seu corpo, Louise Hay dá uma afirmação para ser feita várias vezes ao dia para a limpeza subconsciente visando à cura da candidíase: “Permito-me ser tudo o que posso. Mereço o melhor da vida. Amo e aprecio a mim mesmo(a) e aos outros”.

Outra sugestão é praticar o ho’oponopono para si mesmo(a) e para o(a) parceiro(a), limpando assim qualquer mágoa que esteja guardada no inconsciente.

Buscar a harmonia e o equilíbrio físico, mental e emocional é essencial para encontrar a cura, independentemente das questões que se deseje resolver.

*Este texto foi retirado do livro Quem eu era antes de mim mesma – Guia prático para se tornar uma mulher completa e encontrar o grande amor da sua vida, p. 141-146.